Boa parte da torcida brasileira, formada por entusiastas, otimistas e principalmente sonhadores que acima de tudo acreditam até o final, esperava terminar o domingo de finados, 2/11, com uma vitória do brasileiro Felipe Massa no GM do Brasil de Fórmula 1, e de quebra, ficar com o título da competição, com a combinação de resultados necessária e o insucesso do inglês Lewis Hamilton. Fez sol, choveu, estiou, choveu de novo e na última volta, fomos todos com Massa para a bandeirada final. Assim como a família do paulistano, eu já comemorava de joelhos a conquista. Nunca tinha visto uma corrida tão emocionante. E o show de Vettel da STR, ultrapassando Hamilton a duas voltas do final, pressionando ainda mais o inglês que naquele momento estava em sexto lugar, garantindo pelo segundo ano consecutivo o vice-campeonato. João Freire, meu primo e parceiro de domingos assistindo F-1, estava quieto, calado e não esboçava qualquer reação. Mesmo quando eu já soltava o grito de “é campeão”! Parecia prever o inesperado.
Simplesmente, na última volta, ou melhor, na última curva, o quarto colocado, Timo Glock – da Toyota, aparece devagar, quase parando. É ultrapassado por Vettel e Hamilton, quando Felipe e todos nós aguardávamos o resultado final. Lewis conta com o mesmo inesperado que tirara o título a duas voltas atrás e fatura o título inédito da Fórmula 1, como o piloto mais novo da história a vencer o campeonato. Frustração, decepção, ódio de Glock, teoria da conspiração. Sei lá. Mas a certeza, que fica, é a de que temos um piloto vencedor, campeão, capaz de superar a si mesmo e a sua própria equipe. Valeu Felipe. Que corrida foi essa! Obrigado por tornar os meus domingos mais alegres e felizes em 2008 e de me dá esperanças de novamente poder comemorar um título mundial de F-1. Que domingo, Massa!
