quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ARTIGO: Parabéns repórter!

Freire Neto -jornalista profissional diplomado
Um eterno aprendiz e repórter!

Parabéns repórter! Muitas vezes os leigos ou os menos informados não distinguem a diferença dos vários cargos, das várias funções e atividades do jornalismo e acha que todo jornalista é um repórter. Na verdade, todo mundo que trabalha na área precisa passar pela reportagem e cair no “fronte de batalha” para daí seguir carreira como repórter, se especializar, ou se eternizar, ou almejar outros cargos e aproveitar novas oportunidades: editor, diretor, chefe de reportagem, etc. Mas na verdade, um jornalista precisa sempre ser repórter. Aquele camarada irrequieto, curioso, investigador, pesquisador de informações, novidades, e principalmente responsável pela matéria.




 O cabra que busca, produz e constrói. O profissional que não mede esforços para criar, inovar e trazer sempre a melhor reportagem para o editor, o chefe ou diretor. Mas que preze principalmente pelo prazer de mostrar a opinião pública aquilo que ele viu, conferiu, provou e registrou da melhor maneira possível e da forma mais didática conseguida. Ser repórter é não ter hora. É estar atento. É olhar para os lados quando todo mundo olha pra frente. É não se contentar com a versão oficial se a mesma não o satisfaz e não condiz com os fatos. Conseguir a entrevista impossível, a declaração que ninguém tem, fatos que ele buscou e confirmou. É ter sensibilidade, faro jornalístico e compromisso com a verdade e com os seus leitores, ouvintes, telespectadores e interlocutores. Ser repórter é acreditar naquilo que faz e procurar sempre fazer o melhor.




É escutar cada personagem, pessoa ou possível fonte. É preciso saber ouvir e relevar o que não for importante. Contestar na medida certa e com propriedade. Ser repórter é entender de tudo e as vezes não saber de nada, mas não vacilar, aprendendo e entendendo antes de passar a sua versão para a população. É preciso não ter vergonha de aprender. Ser humilde, amigo e nunca deixar de estudar, avaliar e se aprofundar. Para ser repórter é preciso paciência, as vezes ser teimoso, outras volúvel. É necessário saber se moldar a cada entrevista, pauta e entrevistado. Apurar, ouvir os dois lados ou quantos lados a notícia tiver. Ser repórter é ser imparcial, mesmo que tenha a parcialidade de saber o que para a maioria é certo e errado, justo, importante e relevante.


Ainda na ETFRN (Escola Técnica Federal do RN – hoje IFRN) conheci o mundo da reportagem. Confesso, me encontrei e me apaixonei pela profissão. Sempre busquei entender todas as funções, setores e formatos de mídia e comunicação. Entrei na UFRN, criei e desenvolvi sites, jornais, programas de TV e de rádio, ao lado de amigos, parceiros e apaixonados. A cada dia tenho certeza e convicção que fui, sou e sempre serei repórter. Ajudo e contribuo com todos que pensam da mesma forma, valorizando o próximo, o colega de profissão, e que sempre procura por informações ou quer participar dos projetos que estou envolvido. A nossa profissão e a comunicação vive uma revolução constante e sem fim e não podemos parar. Pensemos juntos, nos unamos e nunca deixemos morrer o jornalismo e a reportagem. Obrigado meu Deus por sempre me guiar e por eu ter encontrado o que me satisfaz pessoal e profissionalmente. O resto é consequência.
Para ser repórter é preciso ter medo de conseguir cumprir a pauta e a coragem de tentar e buscar realizar. A humildade de ser sempre um aprendiz e um eterno repórter. Leia, escute, fale, entenda, apure, escreva, produza, refaça, edite e divulgue. Sempre lembrando da verdade, ética, do profissionalismo e da amizade. Parabéns a todos os repórteres! E vamos em frente, sem titubear! Inovando, buscando e informando. Não se acomode e não deixe a zona de conforto te acomodar.