terça-feira, 27 de julho de 2010

Decepção vermelha da vergonhosa Fórmula 1

Freire Neto – jornalista e ex-fã de Fórmula 1

Decepção,vergonha, nojo, desprezo...! Um misto de tudo isso e um monte de outros sentimentos tomaram conta de mim no domingo, 25 de julho de 2010, após a volta 49 do GP da Alemanha de Fórmula 1. Desliguei a F-1 da minha vida. Amigos, as minhas lembranças mais antigas são assistindo ao mundial da categoria, ao lado do meu pai, Rômulo Freire, torcendo por Nelson Piquet. São quase 30 anos ligado em todo o noticiário relativo ao “esporte”, madrugadas dedicadas, noites sem dormir, manhãs de domingo, sextas e sábados, só pensando, falando e discutindo o assunto com amigos, parentes e colegas. Hein João Freire? Meu companheiro de discussões e corridas históricas, memoráveis! Notícias, artigos, comentários e reportagens especiais desenvolvidos...Mas, ver Felipe Massa, a última esperança de título, abrindo para Fernando Alonso ultrapassá-lo e vencer em Hockenheimring, foi demais pra mim. Acabou, fim, não quero mais saber.




O “Guerreiro” caiu perante milhões de brasileiros que ainda assistiam Fórmula 1, todos os domingos, logo no dia que completara um ano do seu acidente, no qual uma mola quase o tirou das pistas. Ele mesmo que fez de tudo para ser campeão em 2008 e a mesma Ferrari que lhe “furtou” a vitória domingo, o fez perder devido aos erros e atrapalhadas do “Chefão” Domenichelli naquele ano do bicampeonato do inglês da McLaren. O piloto Massa que todos apoiamos e torcemos, que brigou até o fim contra Lewis Hamilton e seus comparsas, e venceu no Brasil com o apoio e comoção de nós brasileiros, fez parte dessa palhaçada e vergonhosa armação. Juntamente da trincada “Escuderia Vermelha” e do mau caráter espanhol, pior do que qualquer Dick Vigarista da história do automobilismo mundial. Felipe não merecia esse final, nem tampouco participar disso, mas ele foi conivente e aceitou tal humilhação, armação e vergonhosa simulação. Eles tripudiaram de nós!



É o fim de um esporte para esse humilde aprendiz. Estou arrancando uma parte de mim, ficando órfão de algo que idolatrei, amei e pelo qual tantas horas dediquei. É difícil. Nunca imaginei reviver o episódio da Áustria 2002, quando o anti-herói das pistas brasileiro, Rubens Barrichello, serviu de palhaço e fantoche para Michael Schummacher, vencer. Aquele episódio que colocou em xeque toda categoria e tirou muitos adeptos. A ferida estava se fechando, quando “enfiaram o dedo com todo gosto novamente”, e abriu a cicatriz. O mundo parou e mais uma vez expôs toda uma nação, mostrando para bilhões de pessoas que os brasileiros não têm caráter, amor próprio, e “sangue no olho”. Rubinho e Felipe Massa nos humilharam e nos fizeram de otário. E farão quem aceitar esse tipo de atitude e essa palhaçada. E eu digo não a tudo isso!



Não quero mais saber de Fórmula 1. Não assisto, não divulgo e não comento. E hoje assino minha separação definitiva desse “mundo” de mentiras, absurdos e interesses. Aos Felipes, Barrichellos e todos aqueles que corroboram com essa “corrida”, adeus. Dedicarei minhas manhãs de domingo à corrida de rua, ao convívio dos meus amigos e familiares e às pessoas de caráter, personalidade, amor próprio e que nos orgulhem e tenham amor pelo Brasil, pelo esporte, pela dignidade e respeito para conosco.

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