domingo, 19 de dezembro de 2010

ARTIGO: Jogue as “máscaras” dos estereótipos e paradigmas fora


Faça um favor para você e para o mundo. Jogue as “máscaras” dos estereótipos e paradigmas fora! Isso mesmo. Acabe com seus preconceitos e pre julgamentos. Abra seu coração e viva melhor. Este ano, quando fui a Paris, cobrir o Salão Mundial do Automóvel, e tirar uns dias de férias percebi que antes de qualquer coisa, devemos excluir da nossa mente todos os tabus, paradigmas e estereótipos criados por nossos pais, parentes, amigos e até formadores de opinião. Cada um que dissesse algo sobre os franceses e a França, e não encontrei nada do que falaram. Descobri um “Velho Novo Mundo”, aprendi muito e encontrei um lugar fantástico. Pra completar, 2010, também representou o meu retorno à prática desportiva – a correria do dia a dia nos faz cair e permanecer no sedentarismo, mas temos que estabelecer prioridades e cuidar da nossa saúde, mente e bem estar. Voltei a correr, ou melhor, comecei a correr corretamente sob a supervisão e orientação técnica da equipe Natal Runner, do meu amigo e parceiro Walter Molina. A corrida é um esporte democrático para todas as idades, classes sociais, condicionamento e aptidão.


Neste domingo, 19/12, participei da minha primeira corrida oficial. Com certeza sua primeira pergunta foi: “Freire, qual foi a sua colocação?” Para nós, isso pouco importa. O meu objetivo é estar bem: mente sã, corpo são. Amigos, aprendi que o importante é estar feliz consigo e curtir o que se faz. Corro para superar os meus limites, pela minha saúde e pela endorfina que me dá uma sensação indescritível de prazer e satisfação. Completei a prova dos 10 Km do Circuito das Estações – Etapa Verão, em Salvador: 1h15m. Como diria o locutor da prova: “Estou amarradão.” Meus parentes, amigos e até colegas incrédulos não acreditaram, não acreditam ou nunca acreditarão. Mas, não corro por eles, nem por ninguém, mas por mim mesmo. E cada um deveria curtir, como no Facebook, ficar feliz e incentivar – como os verdadeiros amigos e parceiros. Obrigado a todos. Tudo isso, porque a maioria das pessoas são carregadas de estereótipos, preconceitos e paradigmas.


A prova foi muito organizada. Desde a inscrição pela internet, entrega do kit no dia anterior na loja da Adidas do Salvador Shopping, entrega do chip das 6h às 7h (impreterivelmente), largada pontualmente às 7h30, hidratação com três pontos de distribuição de água no percurso, que viraram cinco para quem fez os 10km, espaços dos patrocinadores (protetor solar, isotônico, frutas, massagens, etc.). Na largada e na chegada, minha esposa Sandra estava lá para me incentivar, dar os parabéns e fotografar. Ela é uma das testemunhas das minhas façanhas e conquistas e sabe como ninguém que quando eu coloco algo na cabeça só relaxo quando consigo realizar. Obrigado Princesinha!


A corrida foi mais tranquila do que eu esperava. Confesso que estava muito tenso e ansioso. Apesar de já ter corrido várias vezes 10 km, 12km e até 15km, essa era a minha primeira prova oficial. Seguindo as orientações de Sandra e de Walter Molina, meu “coach” (Natal Runner), não fiz nada diferente do que eu sou acostumado a fazer antes dos treinos e “longões” - distâncias maiores que fazemos nos fins de semana. Peguei uma sombra para me concentrar e esperar a largada. O meu pelotão era o qual se posicionava a maioria dos corredores, acima do ritmo 6m30segundos por quilômetro. Saí do “bolo” e fiquei numa posição confortável, onde pudesse fazer o meu ritmo.

Largamos! Os primeiros pelotões saem a “100 km/h”, e nós seguimos a corrida. Lembrei muito de Walter, dos treinos e tudo o que fizemos em 2010. E também do grande amigo, parceiro e membro da Natal Runner, Jota Alves, o Betinho Jatobá. Mantive a respiração controlada e fui pra completar o primeiro quilômetro numa boa. A prova tinha cerca de 4 mil competidores nas distâncias 5km e 10km. Gente de todas as idades e preparações. Fiquei mais uns 2 km ao lado de uma turma baiana, que estava sob a supervisão do seu treinador, que adiantava e atrasava, passando segurança, apoio e força para os alunos, que pelo jeito completariam os primeiros cinco quilômetros de uma corrida oficial.


O primeiro ponto de hidratação foi no segundo quilômetro, lembrando que a prova largou do Jardim de Alah, Orla de Salvador, e seguiria – para nós dos 10 Km – até a Boca do Rio, retornando para o local de largada. As nuvens estavam esparsas e por volta das 8h da manhã, o “Deus Sol” estava forte e nos daria trabalho.
Como de costume, peguei a primeira garrafinha de água, joguei na nuca e na cabeça e tomei um pouco. Estava com a boca seca. Segui em frente, e os primeiros colocados dos 5Km já estavam chegando, com o tempo de 15 minutos, em média – dá pra tu Jatobá? Continuei focado e concentrado, fazendo a minha prova. 



O legal é você ir conversando consigo mesmo, mantendo o ritmo e fazendo com que o seu corpo saiba que você o comanda e que aquela corrida nada mais era de que um “treino especial”, como o que sempre fazemos semanalmente. Na distância 3,5km, a divisão foi realizada. A turma dos 5km retornava para o Jardim de Alah, enquanto os demais seguiam pela Orla até o ponto 5,7 km, onde na curva, um ponto de parcial da cronometragem. Passando dos cinco quilômetros notei que estava muito bem e inteiro e poderia apertar o passo nos quilômetros finais. E assim o fiz. O percurso foi muito bem escolhido. As descidas e subidas eram leves e não nos desgastava em demasia. Passamos pelo Aeroclube Shopping. Mas o sol forte do verão baiano maltratava. Várias pessoas caminhavam ou recebia atendimento dos para médicos. Alguns pedestres aproveitavam para “tirar onda” e incentivar a gente, sem querer, com suas piadas de mal gosto e risadas incrédulas. Coitados!




Após o oitavo quilômetro, resolvi apertar e manter um ritmo mais forte. O legal foi uma turma que após completar, voltou para acompanhar duas mulheres da sua equipe, que ficaram para trás. União, incentivo, força e apoio sempre são bem vindos. Conversando comigo mesmo disse que poderia chegar bem e fazer a minha melhor marca nos 10km. Treinei para isso. Eu me preparei para esse dia. Mais uma molhada na cabeça. Ao longe já dava pra avistar os coqueiros do Jardim de Alah e o pórtico da chegada. Passei por várias pessoas andando. Aumentei a passada, respirei forte e fundo e segui até o final. Sob os aplausos de alguns idosos, corredores mais experientes, que sabem o que significa terminar uma prova, cruzei a linha de chegada! 



Consegui! Finalizei mais uma distância e a minha primeira prova. Uma nova conquista e vitória pessoal. Provei que é possível e que precisamos acreditar, trabalhar, focar e se concentrar nos objetivos. Sonhar, pensar, planejar, agir e conquistar! Obrigado meu Deus e a todos que me incentivaram! E o grande Nivaldo, da horadecorrer.com, tem mesmo razão, quem corre na Via Costeira de Natal, com aquelas subidas e descidas, piso irregular e o calor da Cidade do Sol está preparado para qualquer condição no Brasil. “Vamosimbora”, 2011 teremos muitas provas pra correr, desafios para superar e conquistas para registrar! Agora, tome água, frutas e isotônico. Café da manhã reforçado e aproveitar algumas horas com meus familiares e amigos de Salvador. E não esqueça: jogue seus paradigmas, estereótipos e preconceitos no lixo!






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